Pensando a respeito da lógica, resolvi escrever sobre a ilógica, o que me remeteu ao Dadaísmo, vanguarda moderna criada em Zurique em 1916, por franceses e alemães, entre eles artistas plásticos e escritores. Caracterizada pelo non-sense, ceticismo, improvisação, combinação de pessimismo irônico e ingenuidade radical, defendia a desordem, o absurdo e ausência de lógica. Seus membros protestavam contra a Primeira Guerra Mundial, que não tinha o menor sentido para eles.
Uma estratégia artistica, criada por Marcel Duchamp nesse contexto, consiste em se apropriar de algo que já está feito, produtos industriais fabricados com finalidade prática como roda de bicicleta ou um mictório e eleva-los à categoria de obra de arte, dando ao objeto um novo e inusitado significado. Tal manifestação foi denominada Ready-Made.
Se trouxermos a essência do Dadaísmo para os dias de hoje, é possível estabelecer com coerência uma relação com o que vemos atualmente e que não tem sentido.
Quando o presidente do país fala respeito de disparidade social: fome e miséria de um lado e riqueza e concentração de rendas de outro, parece propício seu alarmante, considerando sua origem e seu poder, e até a forma como diz pretender "acabar" com tal situação soa eloquente.
No entanto, no dia seguinte, nós, a minoria com instrução e condições suficientes para ler sobre o que acontece no país diariamente, abrimos o jornal e damos de cara com a matéria em destaque nos contando sobre como o nosso dinheiro é bem aproveitado com passagens de avião para deputados passearem com família, namoradas e até presentearem amigos e celebridades.
Enquanto o governo oferece R$ 15,00 mensais para a mãe pobre poder comprar o leite de sua criança, ao invés de proporcionar emprego ao seu marido para que possa sustentar a família toda, deputados ganham uma mesadinha extra oriunda de dinheiro desviado para, além de complementarem a renda em alguns "milhares" para votarem em projetos de interesse do Poder Executivo, sobre o qual a grande parte do povo não conhece nem o significado da denominação.
E os empregos são gerados sim, mas é claro para os familiares daqueles que possuem o poder, afinal toda a família deve ser muito bem sustentada.
Então, vamos ulitizar o Ready-Made para colocarmos as coisas no lugar. Se pegarmos o povo que vive na probreza e representa a grande maioria da população brasileira e colocarmos dentro do Palácio do Planalto, enxergaremos que é este quem possuí o poder, logo é o único que deve manipular e não ser manipulado, agir com inteligência e atividade de acordo com seus interesses, sendo temido e não temendo.
Observando essa situação, não posso deixar de indagar: Onde está o sentido no discurso pregado pelo nosso querido presidente? E se parte considerável da população brasileira tem capacidade de enxergar tudo isso, se o cidadão se julga inteligente suficiente para discutir sobre justiça e política na mesa de um barzinho do Itaim Bibi, por quê nenhuma manifestação efetiva é realizada para que apenas 10% seja melhorado?
Sabemos utilizar o "meme", ou seja, o artifício de disseminar nosso conhecimento e visão crítica para outras pessoas, isso não posso negar que é positivo, mas infelizmente não surte efeito sem ação.
Uma estratégia artistica, criada por Marcel Duchamp nesse contexto, consiste em se apropriar de algo que já está feito, produtos industriais fabricados com finalidade prática como roda de bicicleta ou um mictório e eleva-los à categoria de obra de arte, dando ao objeto um novo e inusitado significado. Tal manifestação foi denominada Ready-Made.
Se trouxermos a essência do Dadaísmo para os dias de hoje, é possível estabelecer com coerência uma relação com o que vemos atualmente e que não tem sentido.
Quando o presidente do país fala respeito de disparidade social: fome e miséria de um lado e riqueza e concentração de rendas de outro, parece propício seu alarmante, considerando sua origem e seu poder, e até a forma como diz pretender "acabar" com tal situação soa eloquente.
No entanto, no dia seguinte, nós, a minoria com instrução e condições suficientes para ler sobre o que acontece no país diariamente, abrimos o jornal e damos de cara com a matéria em destaque nos contando sobre como o nosso dinheiro é bem aproveitado com passagens de avião para deputados passearem com família, namoradas e até presentearem amigos e celebridades.
Enquanto o governo oferece R$ 15,00 mensais para a mãe pobre poder comprar o leite de sua criança, ao invés de proporcionar emprego ao seu marido para que possa sustentar a família toda, deputados ganham uma mesadinha extra oriunda de dinheiro desviado para, além de complementarem a renda em alguns "milhares" para votarem em projetos de interesse do Poder Executivo, sobre o qual a grande parte do povo não conhece nem o significado da denominação.
E os empregos são gerados sim, mas é claro para os familiares daqueles que possuem o poder, afinal toda a família deve ser muito bem sustentada.
Então, vamos ulitizar o Ready-Made para colocarmos as coisas no lugar. Se pegarmos o povo que vive na probreza e representa a grande maioria da população brasileira e colocarmos dentro do Palácio do Planalto, enxergaremos que é este quem possuí o poder, logo é o único que deve manipular e não ser manipulado, agir com inteligência e atividade de acordo com seus interesses, sendo temido e não temendo.
Observando essa situação, não posso deixar de indagar: Onde está o sentido no discurso pregado pelo nosso querido presidente? E se parte considerável da população brasileira tem capacidade de enxergar tudo isso, se o cidadão se julga inteligente suficiente para discutir sobre justiça e política na mesa de um barzinho do Itaim Bibi, por quê nenhuma manifestação efetiva é realizada para que apenas 10% seja melhorado?
Sabemos utilizar o "meme", ou seja, o artifício de disseminar nosso conhecimento e visão crítica para outras pessoas, isso não posso negar que é positivo, mas infelizmente não surte efeito sem ação.
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